Como alinhar times internos e externos e melhorar as vendas

Evite falhas entre times com estratégias para melhorar o alinhamento.

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Brafarma Consultoria

4/11/20254 min ler

Quando o comercial joga em lados opostos, todos saem perdendo

No papel, os times interno e externo fazem parte da mesma estrutura comercial.
Na prática, parecem atuar em campos diferentes: um corre para fechar vendas, o outro se afoga em cotações e urgências.

Essa falta de sintonia se transforma em ruído constante.

Atrasos, falhas na comunicação e orçamentos errados minam a confiança do cliente e derrubam a venda.

O problema não é falta de esforço, é falta de alinhamento entre os times.

Campo e escritório: dois mundos que quase não se falam

O vendedor externo vive em trânsito.
Resolve tudo pelo celular, responde mensagens entre uma visita e outra e nem sempre tem estrutura para acessar sistemas ou responder e-mails longos.

Já o time interno lida com múltiplos sistemas, metas de produtividade e pressão de prazos. Tem mais acesso às áreas de apoio, mas pouco contato com o que acontece na ponta.

Esses mundos raramente se conectam, e quando se encontram, partem de contextos opostos.

Quando falta entendimento, o ruído domina

O externo quer agilidade.
O interno precisa de organização para entregar bem.

Ambos estão certos. Mas, sem empatia, cada interação vira conflito.

A sensação é de que o outro está dificultando.
A confiança se quebra, a colaboração vira exceção e o foco deixa de ser o cliente para virar a disputa interna.

Falta de ferramenta no campo trava a operação

Com apenas um celular nas mãos, o externo tenta dar conta de tudo.

Sem notebook, sem acesso ao sistema e com dados desatualizados, ele:

  • Não consulta preços em tempo real.

  • Não acessa o histórico do cliente.

  • Não resolve pendências na hora.

O atendimento atrasa, a negociação se complica e o vendedor se sente impotente diante da oportunidade perdida.

O escritório está sobrecarregado, e isso afeta o cliente

Do lado interno, o cenário também é tenso.

Múltiplas cotações em paralelo, prioridades que se sobrepõem e falta de definição clara entre o que é urgente e o que é importante.

Além disso, é comum um único analista atender diversos representantes com metas diferentes e ritmos de trabalho distintos.

Isso gera confusão, retrabalho e falhas que chegam direto ao cliente.

Metas desalinhadas comprometem tudo

Enquanto o time interno é cobrado por agilidade e volume de respostas, o externo é avaliado por fechamento e relacionamento.

O problema é que essas metas não se conversam.
E, pior, geram incentivos opostos.

Em vez de colaboração, surge competição.
E o cliente fica no meio desse cabo de guerra.

Visões distorcidas minam a cultura do time comercial

“O externo só passa pedido.”
“O interno só atrasa.”

Essas frases revelam mais do que frustração: mostram uma cultura fragmentada.

O vendedor externo escuta o cliente, abre portas e constrói relação.
O interno transforma isso em entrega e resultado.

Ambos são partes estratégicas do time. E quando um subestima o papel do outro, a cultura enfraquece.

Distância física gera distanciamento emocional

O externo passa dias fora e mal conhece quem dá suporte no backoffice.

O interno raramente vivencia a urgência de uma visita ou a pressão de um cliente na ponta.

Sem convivência, não há empatia.
E sem empatia, a colaboração perde o sentido.

A liderança precisa criar pontes, não muros

Esse desalinhamento só muda quando a liderança entra em campo.

O papel do gestor comercial não é apenas cobrar entrega, mas sim:

  • Promover espaços de escuta entre os times.

  • Garantir que processos incentivem a colaboração.

  • Ajustar metas e indicadores para que um time complemente o outro.

Unir, alinhar e facilitar são funções indispensáveis da liderança.

Empatia se constrói com vivência real

Teorias são importantes, mas não bastam.

Quer gerar empatia de verdade?

  • Organize um dia de campo com o time interno.

  • Proporcione ao externo uma imersão na operação.

  • Estimule trocas presenciais ou online com foco em escuta e entendimento.

Essas ações simples criam conexão real.
E conexão gera respeito.

Reunião semanal: mais eficaz do que dezenas de e-mails

Para reduzir ruídos, não adianta copiar todos num e-mail gigante.

Funciona melhor assim:

  • Reuniões rápidas, com pauta clara.

  • Frequência semanal ou quinzenal.

  • Participação objetiva de ambos os lados.

  • Foco em gargalos e soluções imediatas.

É nesse tipo de espaço que os problemas são resolvidos antes de virarem crise.

KPIs compartilhados fortalecem a parceria entre os times

Quando os dois lados são avaliados por indicadores em comum, a lógica muda.

Exemplos que funcionam bem:

  • Tempo médio de resposta ao cliente.

  • Conversão de cotações em pedidos.

  • Satisfação do cliente na jornada.

Com metas alinhadas, o sucesso de um depende diretamente do outro.

Reconhecimento coletivo gera engajamento real

Toda venda é fruto de um trabalho em conjunto.
Por isso, o reconhecimento também deve ser coletivo.

Valorize o analista que agilizou a cotação.
Celebre o vendedor que construiu o relacionamento.
Mostre, nas pequenas vitórias, o valor de cada parte do time.

Esse tipo de cultura gera pertencimento, e times engajados entregam mais.

Quando o time comercial joga junto, os resultados aparecem

A diferença entre um time desalinhado e um integrado é visível.

De um lado, ruídos, clima tenso e cliente frustrado.
Do outro, consistência, agilidade e confiança.

No fim das contas, é simples:

Quem entrega junto, vence junto.

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