Reajuste de Medicamentos 2025: Como Lidar com o Menor Índice em 8 Anos

Descubra como adaptar sua estratégia hospitalar diante do menor reajuste de medicamentos desde 2018. Aja rápido e proteja sua margem!

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Brafarma Consultoria

4/1/20253 min ler

O que é o reajuste anual da CMED e como ele funciona

No Brasil, os preços dos medicamentos são regulados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Todos os anos, a CMED publica uma resolução com o índice máximo de reajuste de preços permitido para medicamentos.

Esse modelo busca proteger os consumidores de aumentos abusivos e garantir sustentabilidade para o setor farmacêutico, levando em conta inflação, concorrência e custos.

O reajuste não representa aumento automático, e sim o limite máximo legal, respeitando o Preço Máximo ao Consumidor (PMC).

Histórico dos reajustes médios: queda nos últimos anos

O reajuste médio variou nos últimos 20 anos, com destaques como:

  • Pico de 12,5% em 2016

  • Alta de 10,89% em 2022

  • Queda contínua, chegando a 3,83% em 2025


Este é o menor reajuste desde 2018 e quebra a sequência de aumentos elevados.

Reajuste de 2025: análise dos níveis aprovados pela CMED

A Resolução CMED 1/2025 definiu os seguintes reajustes máximos:

  • Nível 1 (alta concorrência): 5,06%

  • Nível 2 (concorrência moderada): 3,83%

  • Nível 3 (baixa concorrência): 2,60%


Esses percentuais refletem a competitividade do mercado e impactam diretamente a precificação no canal hospitalar.

Reajuste de medicamentos abaixo da inflação em 2025

A inflação acumulada no período foi de 5,06%. Com reajuste médio de 3,83%, o setor sofre perda de margem real.

É preciso adotar estratégias para proteger a lucratividade, mesmo diante desse cenário adverso.

Impactos diretos para fornecedores do canal hospitalar

O canal hospitalar possui características como:

  • Margens comprimidas

  • Ciclo financeiro longo

  • Estoques com giro mais lento

  • Negociação com múltiplos stakeholders


Neste contexto, o reajuste impacta diretamente a estratégia de repasse e posicionamento no sistema hospitalar.

Reajuste baixo exige atenção à precificação em 2025

Grande parte das negociações ocorreu antes da divulgação do índice. Agora, com os valores definidos, fornecedores precisam agir rapidamente para equilibrar rentabilidade e competitividade.

Reajuste com estoque antigo ou custo médio ponderado?

Há dois caminhos possíveis:

  • Repassar o reajuste integral, mesmo com estoque antigo

  • Adotar o custo médio ponderado, repassando gradualmente


Ambas as opções têm riscos e benefícios, e a escolha depende da estratégia da empresa.

Estratégia: repassar 100% do reajuste, prós e contras

Vantagens:

  • Aumento imediato da margem

  • Reforço no caixa

  • Ajuste frente à inflação


Riscos:

  • Pode parecer aumento injustificado

  • Maior resistência nas negociações


Estratégia: custo médio ponderado, quando utilizar

Vantagens:

  • Transparência na política de preços

  • Menor risco de ruptura comercial

  • Acompanhamento mais fiel do custo real


Riscos:

  • Impacto na geração de caixa necessária para fazer frente a reposição de estoques com custo novo. No entanto, essa opção costuma ser mais aceita em contratos com hospitais.


Como proteger o fluxo de caixa com reajuste abaixo da inflação

Com margens pressionadas, manter o fluxo de caixa saudável é essencial.

Evite comprometer o caixa com margens ilusórias: rentabilize o estoque com inteligência.

Atenção aos sistemas e ao risco de ultrapassar o PMC

Garanta que os sistemas estejam atualizados com os novos PMCs definidos pela CMED.

Vender acima do PMC pode causar:

  • Penalidades

  • Perda de contratos

  • Riscos regulatórios


A revisão dos sistemas deve ser imediata.

Como comunicar reajustes de forma técnica e transparente

Recomendações práticas:

  • Use dados oficiais da CMED e da inflação

  • Mostre o impacto real nos custos

  • Explique sua política de precificação

  • Evite termos vagos ou alarmistas


Boas práticas na gestão de estoques em períodos de margem apertada

  • Revise estoques mínimos e máximos por produto

  • Priorize giro de produtos com menor margem

  • Acompanhe o custo médio dos medicamentos regulados

  • Renegocie com base nos novos reajustes


Conclusão: qual a melhor estratégia para 2025?

O reajuste de 2025 é o menor em 8 anos e exige ação rápida e estratégica.

Empresas que equilibrarem precificação ágil, comunicação clara e gestão eficiente de estoque terão vantagem competitiva.

Não há uma única resposta certa, mas sim a melhor estratégia conforme a realidade da sua operação.

Fontes e links oficiais sobre reajuste de medicamentos


Próximo passo: defina sua estratégia de reajuste agora

  • Reúna seu time comercial e de precificação

  • Atualize o sistema com os novos PMCs

  • Baseie sua decisão em dados concretos

    Com margens cada vez mais apertadas, proteger o fluxo de caixa se torna essencial. Para lidar melhor com esse cenário, leia o post "Como Gerenciar o Risco de Inadimplência nas Vendas para Hospitais". Ele mostra como identificar sinais de alerta e evitar prejuízos antes mesmo da venda acontecer.

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